Sem rede
Resolveu lançar-se um desafio. A
causa próxima era uma frase que lera num livro de John Le Carré, onde se colocava
a seguinte questão: «Mas como diabo se atira a lógica pela janela fora?». O desafio
era aliciante (se bem que lhe fizesse tremer as pernas), pois não era todos os
dias que se autodesafiava com uma frase de um escritor, e logo do Le Carré!
Recorrendo a uma frase feita (não lhe parecendo que esta era do famoso autor, mas
que iria investigar, apesar de tudo) estava a «trabalhar sem rede», o que não
deixava de ser um risco grande, mesmo que a altura não fosse grande coisa (o
que para ele não contava, uma vez que tinha vertigens).
As dificuldades começavam logo pelo ângulo de abordagem, pois quando resolveu responder ao autodesafio ainda não tinha decido se ele seria agudo, recto ou obtuso ou se, pelo contrário, optaria por uma volta de 360 graus, proporcionando-lhe uma visão global do desafio, mas que tinha o pequeníssimo inconveniente de o colocar precisamente no ponto inicial: «Mas como diabo se atira a lógica pela janela fora?».
Confrontado com um dilema recorria a uma moeda de 50 cêntimos, o instrumento de que dispunha para o ajudar a lidar com dilemas, independentemente da natureza, mas usado habitualmente nos casos mais complicados, como era este. E saiu recto.
Foi a sua sorte, mesmo assim. Tendo saído um ângulo de abordagem recto, logo mais linear, a opção era clara: se houvesse janela, lançava-se a lógica borda fora; se não houvesse, ficava em casa.
Como habitava debaixo de uma árvore, onde é que estava a dificuldade?...
As dificuldades começavam logo pelo ângulo de abordagem, pois quando resolveu responder ao autodesafio ainda não tinha decido se ele seria agudo, recto ou obtuso ou se, pelo contrário, optaria por uma volta de 360 graus, proporcionando-lhe uma visão global do desafio, mas que tinha o pequeníssimo inconveniente de o colocar precisamente no ponto inicial: «Mas como diabo se atira a lógica pela janela fora?».
Confrontado com um dilema recorria a uma moeda de 50 cêntimos, o instrumento de que dispunha para o ajudar a lidar com dilemas, independentemente da natureza, mas usado habitualmente nos casos mais complicados, como era este. E saiu recto.
Foi a sua sorte, mesmo assim. Tendo saído um ângulo de abordagem recto, logo mais linear, a opção era clara: se houvesse janela, lançava-se a lógica borda fora; se não houvesse, ficava em casa.
Como habitava debaixo de uma árvore, onde é que estava a dificuldade?...
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