30 julho 2011

Uma questão de pontuação

Avaliados os exemplos e adquirida uma certa experiência do processo, pode chegar-se à conclusão que, habitualmente, tem sido um mesmo roteiro o que tem guiado a transição dos partidos do governo, com alguns ajustamentos. Sobre esta matéria, aliás, parece que a «continuidade» do guião é mesmo uma das características destas fases, o que não deixará de «tranquilizar» quem possa estar preocupado com a «estabilidade» das coisas públicas... Vem isto a propósito de uma primeira avaliação dos tempos iniciais do novo Governo e, particularmente, de alguns episódios mais recentes, que já estão a ocupar as primeiras páginas dos jornais: imposto sobre o subsídio de Natal, nomeações na Caixa e um, mais melindroso, relacionado com as «secretas».
Pode ser impressão minha, mas começam a notar-se alguns sinais de interrogação em relação à actuação do novo Governo, não sei se resultado da época ou da conjuntura que atravessamos ou, pelo contrário, de alguma perplexidade mais fundada. Um comentário aqui, um escrito ali, uma conversa acolá. É algo que começa a fazer o seu caminho e que começa a bulir com as pessoas, dando início aquela fase em que o ponto de exclamação passa a ser ultrapassado pelo ponto de interrogação, quando não pela utilização dos dois em simultâneo. Ainda é cedo?... É difícil?... Vamos bem?... Há lugar ou razões para acreditar?...

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