Resíduos
Somos uma sociedade de consumo. São várias as implicações e as complicações, note-se. A questão dos resíduos é uma delas. Mais uma vez, as soluções técnicas e tecnológicas não bastam. Queira-se ou não, aceite-se ou recuse-se, o facto é que o cidadão comum - esse mesmo, o que faz a sua vida normal e quotidiana - não pode alhear-se disto, pese embora a melhoria que se verifica no comportamento e na atitude. Todos somos produtores de resíduos! Escudarmo-nos na eficiência das soluções já em prática, implicando mais ou menos investimento ou recursos, é uma ajuda, mas não chega - no cerne da questão, continuam presentes a opção e o empenho individuais. E em que toda a gente deve envolver-se, novo ou velho, preocupado ou despreocupado. Às vezes, ajuda ser confrontado com uma realidade nua e crua, mesmo que recusada. Em matéria de resíduos, nada como uma pequena (pequenina, mesmo) «terapia de choque»: apercebermo-nos do volume, do odor, do incómodo e do desagradável, quer para os sentidos, quer para a consciência. Nem é preciso ir-se a uma lixeira. Felizmente, já há infra-estruturas que fazem o tratamento e o reaproveitamento possível da «porcaria» e dos «desperdícios» das sociedades humanas contemporâneas. Não fosse isso, e tudo estaria bem pior. O teste pode ocorrer nesses locais, como aconteceu comigo. Será que ainda podemos dizer que nada disto tem a ver connosco?
Etiquetas: Ambiente
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