Administraç(ões)
Que me lembre, na Administração Pública portuguesa a prática comum é a da não partilha: de informação, de recursos, de uma visão homogénea e articulada. É uma prática que, inclusive, se pode verificar dentro de um mesmo organismo - em espaços contíguos e organicamente interrelacionados, muitas vezes! - não sendo, por conseguinte, um exclusivo das relações entre entidades distintas, pertencentes ou não ao mesmo ministério. É uma prática absurda e nefasta: para os cidadãos, em particular, e para o País, em geral. Muitos dos mal-entendidos e das situações denegridoras da imagem dos funcionários e dos serviços públicos a ela se devem.
Para explicar este estado de coisas, a tese mais comum costuma apontar a sede de poder e o protagonismo da administração e dos funcionários, qualquer que seja o seu lugar na hierarquia, como o verdadeiro móbil para que isto aconteça. Em linguagem mais chã: quem for detentor da informação comanda e estabelece as regras do jogo. É um clássico e tem seguidores. Muitos... Mas que tem imperiosamente de ser alterado. É uma exigência de cidadania e um gesto de sobriedade e bom-senso.
Na verdade, nos dias que correm, é já politica e organicamente insustentável, parece-me - sobretudo por causa das funcionalidades proporcionadas pelas novas tecnologias - não serem feitos avanços significativos no sentido de se acabar com esta prática instituída, consciente ou inconscientemente. E, é bom dizê-lo, estão a ser dados passos nesse sentido.
Apesar de não terem a visibilidade dos grandes eventos e dos estardalhaços mediáticos, estes passos podem fazer muito mais pela reforma da Administração Pública do que outros, supostamente mais apelativos. Mas que vão provocar muita resistência, ninguém duvide! Seja como for, é o único caminho.
É inadmissível que um cidadão - e os funcionários também são e devem ser cidadãos - tenha que se submeter ao calvário a que muitas vezes se submete quando lida com a Administração Pública, duplicando, triplicando ou quadriplicando documentação e factos já conhecidos e possuídos por essa mesma Administração... só que na porta ao lado!
Constatar isto e tentar modificá-lo é uma obrigação para os «verdadeiros» funcionários públicos, isto é, para aqueles funcionários para quem a noção de «serviço público» não é uma expressão balofa e sem sentido, mas sim um compromisso ético e responsável.
Para explicar este estado de coisas, a tese mais comum costuma apontar a sede de poder e o protagonismo da administração e dos funcionários, qualquer que seja o seu lugar na hierarquia, como o verdadeiro móbil para que isto aconteça. Em linguagem mais chã: quem for detentor da informação comanda e estabelece as regras do jogo. É um clássico e tem seguidores. Muitos... Mas que tem imperiosamente de ser alterado. É uma exigência de cidadania e um gesto de sobriedade e bom-senso.
Na verdade, nos dias que correm, é já politica e organicamente insustentável, parece-me - sobretudo por causa das funcionalidades proporcionadas pelas novas tecnologias - não serem feitos avanços significativos no sentido de se acabar com esta prática instituída, consciente ou inconscientemente. E, é bom dizê-lo, estão a ser dados passos nesse sentido.
Apesar de não terem a visibilidade dos grandes eventos e dos estardalhaços mediáticos, estes passos podem fazer muito mais pela reforma da Administração Pública do que outros, supostamente mais apelativos. Mas que vão provocar muita resistência, ninguém duvide! Seja como for, é o único caminho.
É inadmissível que um cidadão - e os funcionários também são e devem ser cidadãos - tenha que se submeter ao calvário a que muitas vezes se submete quando lida com a Administração Pública, duplicando, triplicando ou quadriplicando documentação e factos já conhecidos e possuídos por essa mesma Administração... só que na porta ao lado!
Constatar isto e tentar modificá-lo é uma obrigação para os «verdadeiros» funcionários públicos, isto é, para aqueles funcionários para quem a noção de «serviço público» não é uma expressão balofa e sem sentido, mas sim um compromisso ético e responsável.
Etiquetas: Administração Pública
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