A história secreta de um lançamento
A culpa tem de ser imputada a uma epifania, pequena que fosse, mas claramente identificada. Tudo começara em dois mil e troca o passo, com a criação de um blog, esse instrumento ilusório e circunstancial de contacto e projecção de fama e do nome, mas tudo em regime discreto e pausado, ao correr dos dias, das noites ou das estações do ano.
Dos contactos e da fama, rapidamente se desiludiu. Tentaria outra via. E foi o que fez. E tê-lo-á feito bem, a crer na epifania, que lhe garantiu que esse era o caminho. Ainda procurou fugir, mas não deu. «Era o karma», sussurrava-lhe a epifania, enquanto lhe ia esvaziando a garrafeira. Que esvaziou depressa, diga-se, e saiu porta fora, até hoje, com o pretexto da compra de cigarros... Compreende-se a demora, pois os cigarros que fumava, o Kentuchy, um must em determinada época e cigarro de culto, já era difícil encontrá-los. Pior do que isso, só a procura do Graal.
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