18 junho 2016

Se (e quando) a bola é redonda

O Europeu 2016 de Futebol está a decorrer há uma semana. Como há hábitos que se criaram ao longo de anos e a propósito destas competições (europeu e mundial), umas notazitas para recordar e memória futura.
Portugal fez um primeiro jogo com a Islândia e empatou 1-1, criando um suspense e uma ansiedade inesperados para quem partiu do país «cheio de peito», coisa que costuma acontecer, sobretudo desde que começámos a frequentar mais assiduamente estas competições e os jogadores portugueses foram ganhando o seu espaço e importância nos campeonatos por esse mundo fora, com destaque para o Ronaldo e o seu estatuto incontestado neste universo. Mas, apesar do peito e do valor de muitos dos rapazes da bola, o futebol continua a ser aquele desporto de que se gosta muito mas onde o que costuma contar no final são as bolas que se enfiou ou sofreu nas balizas. E, no caso de Portugal, o saldo diz que metemos uma e sofremos uma, logo, empatámos. Dizer que foi com a Islândia não muda nada, até porque os golos da Islândia têm rigorosamente o mesmo valor do que os de outras selecções, todos jogam com 11 e a bola é redonda para todos, inclusive para nós, apesar de estarmos muitas vezes convencidos ou acreditarmos que ela é mais redonda para nós do que para os outros, designadamente se os outros forem mais ou menos do tipo da Islândia. E, infelizmente para nós, dizem-nos a evidência e os factos, costumamos ter este pensamento ou esta atitude muitas vezes e com os resultados que se (não) conhecem...
Mas nada está perdido. A não ser, talvez, que a próxima selecção que vamos defrontar, a Áustria, também seja daquelas que não jogam com 11 e com bolas redondas... Se for esse o caso, garanto-vos, então a coisa irá correr mal, mas continuaremos a ganhar nisto de que a bola só é redonda para nós... E iremos mostrá-lo no próximo campeonato.


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