Sina
Era uma pessoa fadista. Por acaso do destino (desconhecia qual), também cantava o fado. E era no fado que se revelava a sua natureza. Revolucionária, por acaso. Mas submissa, também, sobretudo com os copos (que não precisavam de ser muitos). Cantava com sentimento e pose militar (embora não tivesse ido à tropa e desconhecesse as patentes), até arranjar empresária. Esta fê-lo aprumar-se e abandonou o fado (este sabia qual era). Tornou-se cantor de charme. Nas horas vagas é activista. Como são poucas, descansa. Tornou-se um mito.
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