Triste sina
Foi num dia de chuva que a revi: suja, espalmada, prestes a ser enxotada pelo rodado de um autocarro. Pobre criatura!
Do fulgor da juventude pouco ou nada se notava, quando se passeava, garbosa, pelas festas e convívios de gente de toda a condição, jovens ou menos jovens, crente na manutenção de um estatuto que se julgava risonho e confiante. Pobre criatura!
Um outro rodado selou o destino que se adivinhava. Não pude deixar de notar o seu lento escorregar, já sem força ou aderência ao asfalto. Aos poucos, cada vez mais próximo, o bueiro esperou por ela e acolheu-a, abrindo-se para a sepultar. Deixei de a ver. Triste sina, ser-se beata...
Do fulgor da juventude pouco ou nada se notava, quando se passeava, garbosa, pelas festas e convívios de gente de toda a condição, jovens ou menos jovens, crente na manutenção de um estatuto que se julgava risonho e confiante. Pobre criatura!
Um outro rodado selou o destino que se adivinhava. Não pude deixar de notar o seu lento escorregar, já sem força ou aderência ao asfalto. Aos poucos, cada vez mais próximo, o bueiro esperou por ela e acolheu-a, abrindo-se para a sepultar. Deixei de a ver. Triste sina, ser-se beata...
Etiquetas: Historieta
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