03 junho 2007

Internacionais

Hoje em dia, há uma realidade inquestionável nos jogos da selecção: a capacidade de discutir os jogos, em casa ou fora, com qualquer adversário. Isto é, deixámos de ser os campeões das «vitórias morais» e passámos a ser uma equipa de topo, sujeita a dias melhores (a maioria) ou piores (mais raramente). Mesmo não pensando nos grandes títulos - ainda nos falta algo, apesar de tudo - os resultados e o prestígio já alcançado parecem-me animadores.
O jogo de ontem, com a Bélgica, é um exemplo do que digo. Noutros tempos, um empate naquele campo era um bom resultado, conseguido sofridamente. Hoje, depois do que se viu, fica-se com a sensação de que o resultado poderia ter sido uma vitória mais dilatada. Até golos «à britânica» se viram!
Estas melhorias da selecção estão ligadas, inequivocamente, à «tarimba» que os jogadores ganham nos campeonatos mais competitivos. Mesmo os que cá estão é aí que vão «beber influência», seja nas competições internacionais, seja através da mediatização e da globalização. Também por isso, é que os melhores e mais espectaculares jogadores se vão embora. E ao ver o que os «Nanis» são capazes, compreende-se porquê. Quem os contrata sabe o que faz. E não dorme.

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