Primícias
Algumas notas da comparação entre o Expresso e o Sol.
- O Expresso é mais institucional, o Sol mais irreverente. Algumas semelhanças ao Independente parecem-me evidentes: formato, títulos, o alinhamento editorial. Para além desta influência, o Sol comporta outras, assumindo-se como uma síntese de estilos e tradições jornalísticas distintos, deixando antever uma estratégia de conquista de públicos diferenciados, muitos deles até agora afastados da leitura de semanários: leitores de jornais mais populares ou sensacionalistas, jovens, público feminino, consumidores da imprensa cor-de-rosa.
- A provocação do Sol ao Expresso: "Um jornal que vale por si. Este semanário não oferece brindes nem faz promoções". Assim mesmo, sem medos! Outros chamar-lhe-ão prosápia. Veremos qual vinga.
- O logótipo do Sol é uma mais-valia, quer do ponto de vista gráfico quer simbólico. A campanha de promoção também funcionou muito bem. Os cartazes são criativos e passam muito bem a mensagem.
- No caderno principal a paginação do Sol é mais conseguida, equilibrada e eficaz, proporcionando uma maior facilidade e agradabilidade da leitura. A do Expresso parece-me mais confusa, provocando uma leitura mais esforçada e difícil.
- Ambos anseiam marcar a agenda política e mediática. Atenção Sócrates, Governo, Cavaco, Instituições e Personalidades!
- Provavelmente o Sol não roubará muitos leitores ao Expresso. No entanto, acredito que a margem e as possibilidades de captação de leitores serão claramente mais favoráveis ao Sol do que ao Expresso, porque me parece que as suas características estão mais sintonizadas com o pulsar do quotidiano e da realidade multifacetada do tecido social. A disputa ficará mais justa e interessante depois dos DVD do Expresso. Os leitores agradecem.
Etiquetas: Jornais
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