23 setembro 2006

2.ª leitura

Saíu o número 2 do Sol e reforcei as minhas impressões iniciais. Este jornal visa uma comunidade de potenciais leitores que não são, nem podem ser, os leitores típicos do Expresso, com ou sem modificações ou oferta de produtos. Os conteúdos apontam para públicos nitidamente distintos, dificilmente partilháveis pelos dois semanários.
Sendo mais difícil, por absurdo que possa parecer, a produção de um número 2 do que de um número 1, o Sol terá que precaver, contudo, a necessidade de, pelo menos no caderno principal, os conteúdos mais valorizados, embora de produção mais complexa, são as notícias sobre o País e os seus desenvolvimentos. Diversificar rubricas e cativar públicos-alvo tradicionalmente afastados da leitura de um jornal com as características de um semanário é uma estratégia legítima e possível, embora insuficiente para a atitude com que se aparece no mercado, que se define como ousada, inovadora e desafiadora. E, neste caso, as desculpas com os DVD podem não ser suficientes ou decisivas...

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