18 fevereiro 2006

Emigrantes

Como nunca o fui, desconheço o que significa ser emigrante num país estrangeiro. Não serei, por isso, uma fonte credenciada para falar sobre essa realidade. Contudo, vou fazê-lo. E a razão é a seguinte: arrematei uma pequena obra a um trabalhador emigrante, de nacionalidade brasileira, aproveitando o facto de ele ter vindo a, progressivamente, ser como que o nosso artista dos sete instrumentos para todo o tipo de pequenas obras a fazer no prédio ou nas fracções dos condóminos. E o homem faz isso nos fins de semana ou feriados, naqueles períodos que deveriam ser os do merecido descanso, uma vez que já trabalhou toda a semana.
Este nosso homem tem-se imposto pela simpatia, pela qualidade e profissionalismo no que faz e, também, por uma grande humildade - que, de tão grande e fora do comum, chega a ser comovente. Que diferença em relação a muitos dos nossos compatriotas do ramo em causa, o da construção civil: boçais, tortos, profundamente aldrabões e incompetentes!
Como nos esquecemos rapidamente do nosso passado - e do futuro também, quem sabe... - de emigrantes nas sete partidas do mundo! Será que este exemplo poderá ajudar a relembrá-lo?...

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