Manchester By The Sea
Manchester By The Sea. Começo pelo título, o que se calhar explica o facto de ter deixado escapar o visionamento de um belo e comovente filme, realizado e interpretado com uma sensibilidade e uma contenção apreciáveis, exemplo de que um drama é um género com tradição e proveito no cinema. Longe das pirotecnias técnicas ou emocionais que vão gravitando em condições normais ou anormais, felizmente que ainda há histórias que nos prendem pela sua humanidade ou desespero, quantas e quantas vezes o combustível que nos alimenta e suporta no contacto ou no evitar do outro, aquelas em que o lastro de vida, nas suas manifestações boas e más, exaltantes ou deprimentes nos fazem interiorizar ou expandir um grito, um riso ou uma frustração. Para quem deixou escapar uma pérola como esta durante tanto tempo, mea culpa, mesmo passando-lhe tantas vezes por debaixo do nariz e dos olhos, felizmente que uma pequena hipótese de redenção se lhe facultou numa televisão à mão de semear, abençoada!, ajudando a apaziguar esse tempo perdido.
Etiquetas: Cinema
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