10 junho 2020

O fósforo (e agora saca!)

De tantas vezes visto, corria o risco de passar despercebido... Mas continuava lá (como o dinossauro.  Obrigado, Monterroso!). Não chegava a ser um mistério, mas mais um maravilhamento! E um ícone, também. Quem é que, entusiasta por filmes de cowboys, não se deslumbrava com um dos momentos sublimes dessas histórias (e não, não eram os duelos…), aquele em que o herói, mas também podia ser o vilão, sinal inequívoco de perfil democrático, riscava um fósforo na sua unha e acendia um cigarro, rasca que fosse, mas elevado à categoria de gesto primordial?... Momento mágico, portanto, podia seguir a festa… E só então, olhando-se nos olhos, qualquer um deles sacaria a sua arma com a maior velocidade possível ou desataria aos tiros de forma desenfreada, desconhecendo-se o desfecho… E o fósforo apagava-se.

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