Dress code
_ Estou um bocadinho perdido... Será que pode ajudar-me?
_ Claro! Do que é que precisa?
_ Que me diga onde se apanha o autocarro das 7h, se faz favor.
_ Ali à frente. Também vou apanhá-lo.Venha comigo. Para onde vai?...
_ Para todo o lugar onde seja preciso combater a opressão e a tirania!... E o amigo...?
_ Vou cuidar da horta! Nesta altura, já se sabe...
_ Pois... Faz bem. Quem me dera poder, também... Mas a tirania..., a opressão... a injustiça...
_ Mas olhe que não podia ir assim vestido, todo pipi: bota de cano engraxada e a brilhar, capa, espada, máscara!... Acabava por se sujar muito. Não faça isso!... Posso perguntar-lhe uma coisa?
_ Diga. Esteja à vontade.
_ Não me diz quem foi o alfaiate que lhe fez a capa...? É muito bonita. Era duma assim que eu precisava para a festa da minha terra, uma vez que sou mordomo!... Foi cara?
_ Mais ou menos, pode dizer-se... Foi um estilista.
_ Ah, um estilista!... Mas também faz de alfaiate, não...?
_ Penso que sim... Vou dar-lhe o telefone (tira um cartão do bolso, escreve um número e entrega-lho). Diga que vai da minha parte (e mostra-lhe um sinal no cartão, uma espécie de monograma, mais ou menos parecido com a letra 'S' escrita ao contrário).
_ Sim senhor, obrigado! Até parece que me já me estou a ver com a capa na procissão e na arrematação!... Vai ser um vistaço, olá se vai!!... Mas, deixe-me dizer-lhe uma coisa... Não vai levar a mal, pois não...?
_ Não, senhor. Chute!
_ Olhe que o estilista..., pode ser muito bom, não contesto, mas ele enganou-se!...
_ Enganou-se?!...
_ Sim, enganou-se. Na máscara. Está mal feita.
_ Como assim!?
_ Está mal feita, é o que lhe digo. Então, a máscara só lhe tapa a zona dos olhos!?... E a boca?... E o nariz?... Nã!... Se fosse a si, ia lá dizer-lhe para fazer uma máscara como deve ser!... Onde é que já se viu uma coisa assim!?... Aceite o meu conselho. É de borla.
_ Mas... não está a perceber, com certeza. A máscara é uma das minhas marcas identificadoras... Ainda não me reconheceu...?
_ Para dizer a verdade... o senhor faz-me lembrar alguém, só não me estou a lembrar quem... Não me dá uma pista?...
_ Está bem (o mascarado tira a espada e faz com ela um desenho na terra). E agora, já lá vai...?
_ É o Super-Homem, está visto! Como é que não o reconheci?!...
_ Não, meu amigo ( o mascarado fez um sorriso amarelo)... Sou o Zorro!
_ O Zorro!?... Pois, agora que fala nisso... Nunca pensou em mudar de nome, não...?
_ Não, que ideia! Porque é que me pergunta isso...?
_ Por nada. Maluqueira minha... Não ligue. Mas temos de ver como é que o deixam entrar no autocarro com essa máscara assim... Deixe comigo. O condutor é meu parente e talvez a coisa se arranje... Posso dizer-lhe quem é e para onde vai, não posso....?
_ Sim, sem problemas. Diga-lhe que é uma emergência.
_ Ah, sim, qual?...
_ Tive que deixar o cavalo a ferrar.
_ Claro! Do que é que precisa?
_ Que me diga onde se apanha o autocarro das 7h, se faz favor.
_ Ali à frente. Também vou apanhá-lo.Venha comigo. Para onde vai?...
_ Para todo o lugar onde seja preciso combater a opressão e a tirania!... E o amigo...?
_ Vou cuidar da horta! Nesta altura, já se sabe...
_ Pois... Faz bem. Quem me dera poder, também... Mas a tirania..., a opressão... a injustiça...
_ Mas olhe que não podia ir assim vestido, todo pipi: bota de cano engraxada e a brilhar, capa, espada, máscara!... Acabava por se sujar muito. Não faça isso!... Posso perguntar-lhe uma coisa?
_ Diga. Esteja à vontade.
_ Não me diz quem foi o alfaiate que lhe fez a capa...? É muito bonita. Era duma assim que eu precisava para a festa da minha terra, uma vez que sou mordomo!... Foi cara?
_ Mais ou menos, pode dizer-se... Foi um estilista.
_ Ah, um estilista!... Mas também faz de alfaiate, não...?
_ Penso que sim... Vou dar-lhe o telefone (tira um cartão do bolso, escreve um número e entrega-lho). Diga que vai da minha parte (e mostra-lhe um sinal no cartão, uma espécie de monograma, mais ou menos parecido com a letra 'S' escrita ao contrário).
_ Sim senhor, obrigado! Até parece que me já me estou a ver com a capa na procissão e na arrematação!... Vai ser um vistaço, olá se vai!!... Mas, deixe-me dizer-lhe uma coisa... Não vai levar a mal, pois não...?
_ Não, senhor. Chute!
_ Olhe que o estilista..., pode ser muito bom, não contesto, mas ele enganou-se!...
_ Enganou-se?!...
_ Sim, enganou-se. Na máscara. Está mal feita.
_ Como assim!?
_ Está mal feita, é o que lhe digo. Então, a máscara só lhe tapa a zona dos olhos!?... E a boca?... E o nariz?... Nã!... Se fosse a si, ia lá dizer-lhe para fazer uma máscara como deve ser!... Onde é que já se viu uma coisa assim!?... Aceite o meu conselho. É de borla.
_ Mas... não está a perceber, com certeza. A máscara é uma das minhas marcas identificadoras... Ainda não me reconheceu...?
_ Para dizer a verdade... o senhor faz-me lembrar alguém, só não me estou a lembrar quem... Não me dá uma pista?...
_ Está bem (o mascarado tira a espada e faz com ela um desenho na terra). E agora, já lá vai...?
_ É o Super-Homem, está visto! Como é que não o reconheci?!...
_ Não, meu amigo ( o mascarado fez um sorriso amarelo)... Sou o Zorro!
_ O Zorro!?... Pois, agora que fala nisso... Nunca pensou em mudar de nome, não...?
_ Não, que ideia! Porque é que me pergunta isso...?
_ Por nada. Maluqueira minha... Não ligue. Mas temos de ver como é que o deixam entrar no autocarro com essa máscara assim... Deixe comigo. O condutor é meu parente e talvez a coisa se arranje... Posso dizer-lhe quem é e para onde vai, não posso....?
_ Sim, sem problemas. Diga-lhe que é uma emergência.
_ Ah, sim, qual?...
_ Tive que deixar o cavalo a ferrar.
Etiquetas: Falatórios
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