31 agosto 2019

História com maiúsculas

Digam o que disserem, não gostamos muito de nos associar. «Questão cultural», dizem uns; «Preço da escritura», dirão outros; «Não temos vontade e estamos bem assim, pronto», dirá a maioria.
Com A. e B. não era assim. E isto porquê? Porque sim, pronto. E dá jeito para começo de história.
A escola aproximara A. e B., como acontece com outros A. e outros B. Muitas das vezes a aproximação e a ligação mantém-se, noutras esmorece.
A vida de A. seguiu o rumo que tinha que seguir e a de B. a mesma coisa, ambos por o terem escolhido e trabalhado para o conseguir. Tiveram momentos bons e tiveram momentos maus, e fizeram o seu caminho.
A família também anda por esta história, mas podia não ter andado. Mais uma vez, andou porque dá jeito e sabe bem fazer as pessoas acreditarem em histórias felizes, que são aquelas de que se gosta, embora não vendam jornais e não passem na televisão.
Um dia A. encontrou C. e B. encontrou D. O resto adivinha-se e nasceram E., do casamento de A. com C., e F., do de B. com D. Que também cresceram juntos, brincaram juntos, andaram na escola juntos, foram para a faculdade juntos e… de cujo casamento nasceram G., H e I.
E aqui, podíamos terminar a história. Até podíamos continuá-la mais um bocadinho, depois de limpar a lagrimazita ao canto do olho, mas não vamos fazê-lo. Pelo menos da maneira que as pessoas estariam à espera…
Pelo meio, apareceu a internet

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