04 agosto 2019

Tangerinas

Um filme deve ver-se numa sala de cinema? Provável e desejavelmente, sim. Haverá pormenores, dirão os especialistas, que só ganharão relevância ou esplendor numa sala. Nada a opor. Na ausência de sala de cinema, o recurso à televisão costuma ser a solução mais à mão, se bem que agora a utilização de computadores e de outros equipamentos sejam a via escolhida pelos consumidores, sobretudo os mais jovens. Mas voltemos à televisão, esse recurso audiovisual tão sovado, umas vezes bem, outras mal. No caso da exibição de filmes, por exemplo, mesmo que sem grandes entusiasmos, há coisas boas que acontecem, sobretudo se os canais estiverem disponíveis para fugir um pouco à «chapa quinze» sobre o tipo, origem e tema dos filmes. Como em tudo, muitas das opções são consequência do conhecimento, da sensibilidade e da finalidade de quem escolhe, tendo que se admitir que o risco de virem a ser ignorados ou ostracizados é real, pelo menos pela maioria dos potenciais destinatários, mais não seja pela oferta em concorrência, sejam filmes ou não.
Tangerinas é um filme que se enquadra no padrão descrito acima. Mais uma vez, e graças à televisão (canal 2), a surpresa e o agrado são as recompensas pela descoberta de um filme, actores e realizador de primeira qualidade, opinião de espectador deslumbrado. Belíssimo!

Etiquetas: