Costa a costa
Hoje era um dia como outro qualquer. Como frase feita não estava mal, não senhor, um indício seguro de que tinha copiado (e apreendido) bem o que lera. Mas só isso não chegava, reconhecia, e teria que ir mais longe. Até onde o mar e o céu alcançam (lá está, mais não seria admissível, talvez...), concedendo-se a possibilidade de um desvio, à laia de se deixar ir, mas sem muitas curvas e a velocidade controlada. De tanta cópia e vista alargada começava a ficar almareado, que é como quem diz enjoado, à medida que se avança para sul, mas que também pode ser aplicado em toda a parte em que haja costa, privilégio de uma língua comum, apesar das nuances de sítio. Só faltava o título. E esse não era difícil. Estava a dar na rádio.
Comentário: um texto que recomenda o chá, de suporte ou cidreira, não interessa, mas aconselhável devido ao risco de enjoo ou de outras maleitas, de preferência não muito graves. É no que dá esta mania dos estados de alma e da escrita de fim-de-semana, logo pela fresca ou ao cair da noite («ao crepúsculo», de preferência, por causa do enquadramento e da profundidade do arroubo (bonito, não?) lírico). Animem-se, porém, pois este calvário é só de vez em quando. Esperemos.
Comentário: um texto que recomenda o chá, de suporte ou cidreira, não interessa, mas aconselhável devido ao risco de enjoo ou de outras maleitas, de preferência não muito graves. É no que dá esta mania dos estados de alma e da escrita de fim-de-semana, logo pela fresca ou ao cair da noite («ao crepúsculo», de preferência, por causa do enquadramento e da profundidade do arroubo (bonito, não?) lírico). Animem-se, porém, pois este calvário é só de vez em quando. Esperemos.
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