13 novembro 2016

Fusões

Era um espaço de fusão. De sabores e de cultura. A adaptação fazia-se ao ritmo de cada um, como naquela mesa, em que se tentava comer com os pauzinhos um sushi, feito com o talento e o cuidado de uma arte. A boa vontade imperava, e o esforço era genuíno. Mas a larica também. A medo, sem levantar a voz, acaba por se desistir e pedir uma colher. Não haveria problema, disseram-lhe. E a colher apareceu, como que por milagre, envolta num sorriso, acompanhada de uma sugestão para algo em conformidade com o utensílio: não seria melhor uma feijoada, vegan ou tradicional?

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