09 agosto 2015

Não incomodar

O filme não será, provavelmente, um ganhador de prémios e de memórias apaixonadas. Já a situação que retrata, um pequeno momento de sossego e privacidade para usufruto de um pequeno prazer, neste caso do protagonista (mas que pode ser qualquer um de nós), aí sim, a coisa pode levar-nos a recordações ou desejos mais entusiasmados. Mesmo que possa ser contra a corrente, o certo é que a vontade de usufruir esse pequenino prazer em sossego, qualquer que seja, mas importante para quem o escolhe, é um dos direitos a que se costuma dar pouco valor, sobretudo se ele se caracterizar por alguma ou bastante tranquilidade, em ambiente de recolhimento. E isso colide, frequentemente, com o modelo de fruição que passou a dominar, que é o da agitação e da movimentação permanentes, num saltitar permanente de festas e festinhas, de voltas e voltinhas, de amizades e amizadezinhas. Não me incomodem! E, já agora, levem as pipocas convosco.

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