10 janeiro 2015

A(s) lenda(s) + uma hipótese + uma precisão

Como nascerão as lendas?... Por geração espontânea?... Talvez por parto assistido, com aplicação de epidural?... De alguma forma será, pois elas costumam andar por aí, novas ou velhas, rijas ou enrugadas, rurais ou urbanas, neste caso sob a forma de mitos, com o consequente arranjo no género, pois o 'a' final de urbana transforma-se em 'o' de urbano, e assim se constroem (com barro, ponto ou imaginação) as lendas... Levante a mão, quem não goste delas...
A lenda que eu vou criar «contou-ma certa velhinha...» (lembrar-se-á quem gosta e conhece o fado), certa vez que fui parar (desta vez, fugindo ao fado) ali perto do bem se estar, fronteira junta do mal se estar (e aqui, definitivamente, o fado é mandado borda fora!)... Para texto sobre como nascerão as lendas não parece grande coisa, mas a sorte e o sortilégio podem combinar-se das formas mais estranhas e isto, convenhamos, começa a aproximar-nos do que queremos... E estamos perto!
Por mera coincidência (terá sido?...), um cão grande, enorme!, descomunal!!, gigante!!! (aqui começar-se-á a ver - espera-se - um vislumbre de uma lenda, uma alumiação, que seja, duas palavrinhas, 'vislumbre' e 'alumiação', que remeterão para o domínio em que se movem as lendas, sem aprofundarmos mais o sentido, rasando perto da arte da psicanálise, com sede em Viena e postos avançados pelo mundo fora, mesmo que em edifícios que podem estar, mais ou menos, conservados...). Para o que se queria chamar a atenção, no entanto, era para a sequência de pontuação estabelecida: vírgula, exclamação, exclamação dupla, exclamação vezes três, aquele número que se popularizou na forma de mandamento celeste, com implicações célebres em diversos áreas, se calhar até na das lendas...
Esqueçamos o cão, a pontuação e a psicanálise, e voltemos à lenda... Desta vez, pela voz de uma ninfa:
«Certo dia, nos tempos de então, um homem dormia, satisfeito e saciado, embora doido. Todos o sabiam, incluindo ele. Como era necessário proceder à limpeza do local, já muito sujo, trouxeram uma vassoura, novinha em folha, e decidiram (alguém?...; quem?...) varrê-lo para debaixo da mesa, local que acharam apropriado para o fim, limpar, e tendo em consideração o destinatário, que era doido, dormia e estava satisfeito e saciado, vá lá adivinhar-se porquê... E assim, nasceu a lenda do doido varrido». Dito isto, esfumou-se.
A vida continuou e a terra continuou a girar (isto não é lenda)... No entanto, mesmo hoje, quando se está a dormir, satisfeito e saciado, e se é doido, ou doida, procura-se fazê-lo longe das mesas e (nunca esquecer!!!!) longe de qualquer vassoura... Mas, se calhar, isso já é do domínio da lenda... Ou será do mito?...






(Reza a lenda, que esta peça poderá ter sido inspirada por leitura recente de Enciclopédia da História Universal - recolha de Alexandria, de Afonso Cruz. Após muita reza e alguma reflexão a dormir - longe de mesas e, muito menos, de vassouras, ainda que novinhas em folha - chegou-se à conclusão que é mais do domínio do mito... Inconformada com a decisão, a lenda irá apresentar recurso.).


(Aventou-se a hipótese, de que a redacção do texto secundário se tivesse iniciado na 4.ª linha contada a partir da última linha do texto principal. Depois, por impulso ou talvez não, a persona terá tentado fixá-lo na 6.ª, por ter um compromisso no sábado, não se tendo apercebido de que acabou por estabelecer sete linhas.
Para evitar especulações em relação a este segundo texto secundário, a partir de agora, ´secundário2', com reminiscências de influência, não sei se ténues, se profundas, do texto secundário, precisam-se as linhas onde se iniciaram os textos, tendo por referência, respectivamente:

a) A última linha do texto principal:
  • Início do texto secundário - 7.ª linha;
  • Início do texto secundário2 - 13ª linha.
b) A última linha do texto secundário:
  • Início do texto secundário2 - 3.ª linha).


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