Se não puder candidatar-se, não se divorcie...
A história daquele casal, mais do que de amor, era de cumplicidade e de partilha. E a cumplicidade e a partilha não eram (nem são) forças de expressão nem de retórica - tinham força real. Por ser assim, ninguém estranhou que a esposa se apresentasse a eleições por impossibilidade do marido, parece que por razões a ter em conta... Quando as ganhou, a esposa renunciou a favor do marido, que irá exercer o cargo, até ver. «É uma bonita história de amor», suspirarão os românticos; «É o clímax do virtuosismo luso!»,exultarão os patriotas; «Uma história daquelas...», dirão os simples. Os irónicos não dirão nada, desta vez, limitando-se a sorrir (ironicamente, apesar de tudo).
Etiquetas: Sociedade
<< Home