São nuvens, senhor!
Seguindo o conselho do autor consagrado, muniu-se de papel e lápis e olhou em redor, procurando captar o máximo de pormenores e ou deixar-se envolver pelo espírito ou, na sua ausência, pela energia do lugar. Calhou olhar para o céu e lembra-se de ter exclamado para si: «Esta formação de nuvens faz-me lembrar o genérico dos Simpson! É igual!». Ficou na dúvida se iria no bom caminho preconizado pelo mestre, mas lá se resignou. Para o bem ou para o mal, as muitas e diversas horas em frente à televisão davam este resultado, em que as referências são, mais do que tudo, audiovisuais, ficando esquecidas ou subalternizadas, tanto quanto se pode aferir, as de outra ordem, mais literárias ou artísticas. Sinal dos tempos, mas também das pessoas que somos.
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