Para entender os portugueses
Um dos cronistas do i, Paulo Maló, ligado à medicina dentária, se não estou em erro, escreveu ontem uma deliciosa crónica, intitulada «A sul», sobre a forma como deve ser interpretado, em Portugal, o sentido de algumas frases relacionadas com o trabalho e a intervenção do trabalhador. Transcrevo essa parte, carregada de uma ironia fina, que de nós diz muito, neste particular:
"«Já comecei a fazer» significa que ainda não começou;
«Faço já», vai fazer dentro de algum tempo;
«Está a ser tratado», nada foi feito ainda;
«É complicado», não lhe apetece fazer;
«Estamos a estudar o assunto», esqueceu-se completamente do caso;
«Ouvi dizer», quer conversa da treta;
«Isso é difícil», quer ser compensado por resolver;
«Não sei se vou conseguir», uma desculpa se falhar;
«Vamos fazer com calma», não tem ideia de como resolver;
«A culpa não é de ninguém»... é dele!".
Como cartilha, não está mal. Realista?... Exagerada?... Seja o que for, digamos que, tal como nas sondagens, os resultados (e as apreciações, já agora) devem estar dentro da margem de erro...
"«Já comecei a fazer» significa que ainda não começou;
«Faço já», vai fazer dentro de algum tempo;
«Está a ser tratado», nada foi feito ainda;
«É complicado», não lhe apetece fazer;
«Estamos a estudar o assunto», esqueceu-se completamente do caso;
«Ouvi dizer», quer conversa da treta;
«Isso é difícil», quer ser compensado por resolver;
«Não sei se vou conseguir», uma desculpa se falhar;
«Vamos fazer com calma», não tem ideia de como resolver;
«A culpa não é de ninguém»... é dele!".
Como cartilha, não está mal. Realista?... Exagerada?... Seja o que for, digamos que, tal como nas sondagens, os resultados (e as apreciações, já agora) devem estar dentro da margem de erro...
Etiquetas: Sociedade
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