04 dezembro 2010

Gestão de afectos

Provavelmente como a maioria, assumo as minhas raízes e idiossincrasias geográfico-culturais com o orgulho suficiente para as considerar como um elemento importante da minha definição e afirmação pessoais, mas também com o distanciamento crítico necessário para entender que elas não representam ou explicam tudo o que sou e o que desejo ser.
Hoje mesmo pude constatar isso no lançamento de um livro de um conterrâneo, cujo mérito e dedicação vejo cada vez mais reconhecidos, rodeado de pessoas com as quais não manterei grandes laços de afecto ou cumplicidade, apesar das notáveis excepções (que as havia). Mas não deixou de ser gratificante, apesar de tudo, essa partilha hoje verificada, mesmo com pessoas com quem as afinidades não poderão ser muitas. E a razão talvez fosse uma, que prevalecia sobre todas as outras: a raiz geográfica e uma ligação emocional comuns.

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