28 outubro 2010

Passa? Não passa?

O Orçamento passa? O Orçamento não passa? Não é bem uma versão do 'bem me quer, mal me quer', mas parece. A maior parte das coisas o comum dos mortais não percebe, mas é quem, em última instância, lhe sofre e aguenta os efeitos. Neste processo, a relutância da maioria das pessoas para com os políticos e os partidos é pouco abonatório para eles, não poupando ninguém, incluindo o Presidente da República, que habitualmente era uma figura mais consensual e protegida desta impressão menos favorável para com os actores e protagonistas políticos.
Apesar do que Cavaco Silva diga e apregoe, muitas das almas deste País interrogam-se e interrogam-no sobre os efeitos da «cooperação estratégica e do poder da palavra» que ele louvou como os baluartes do «estado» a que chegámos, que é «famoso», como se constata. O homem diz que se não fosse ele, estaríamos pior. Alguém acredita ou é retórica?...
O que não é retórica é a preocupação das pessoas: olham, vêem e lidam com um mundo outro, procurando adivinhar o que as espera e com o que podem contar, mais movidas pela resignação do que pela esperança. É caso para se dizer: se são assim assim tão bons, os protagonistas e as receitas, porque raio é que nunca saímos da «cepa torta»?

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