15 outubro 2006

Parada alta

Embora ainda não sejam definitivamente conclusivas as provas, a verdade é que a realização, recente e com êxito, de um possível teste nuclear pela Coreia do Norte está a marcar as políticas e diplomacias internacionais. Assunto muito sério, implicações muito sérias, preocupações mais que fundamentadas. O Conselho de Segurança das Nações Unidas já aprovou uma resolução unânime, após conversações elaboradas, que impõe sanções à Coreia do Norte, de vária ordem, incluindo a proibição da exportação de "artigos luxuosos" para aquele país, pormenor que não deixa de ser surpreendente, atendendo às notícias repetidas sobre situações recorrentes de fome..., mesmo que dificilmente comprováveis ou admissíveis pelo regime.
Mestres na chantagem à comunidade internacional, os norte-coreanos e o seu "Querido Líder", uma figura bizarra, mas perigosa, o que é certo é que têm conseguido, aparentemente, ir levando a sua avante. Por necessidade de sobrevivência, tacticismo ou arrogância, a Coreia do Norte vai jogando um jogo perigoso e arriscado, como se verificou nos episódos mais recentes do lançamento de mísseis, em Julho, e, agora, com o tal ensaio nuclear, afrontando, inclusive, um tradicional aliado e suporte do regime, a China, um colosso que se tem movido na cena internacional de forma muito eficiente e nada inocente, posicionando-se como uma grande potência num futuro muito, muito próximo. Que, de certa maneira, já o é. E eles sabem.

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