Ditados

É curiosa a relação que mantemos com os ditados. Para afirmar ou reafirmar uma posição, opinião, estado de espírito, para emitir um apontamento de humor, perplexidade ou desapontamento, servimo-nos destas formas de expressão breve, (supostamente) veiculando uma sabedoria e um conhecimento de coisas profundas ou subtis a propósito dos homens, da sociedade ou da natureza, em muitas e variadas situações. Por exemplo, agora, que começamos a ficar um pouco à rasca com a seca por que estamos a passar e de que não se vê hipótese de safa, aparentemente… E é aqui que a ligação aos ditados populares se apresenta no seu esplendor, por exemplo através do celebérrimo «Abril, águas mil», que, ou muito me engano, remetia para uma época e um tempo que dificilmente se repetirão, oxalá esteja enganado, mas uma das derradeiras tábuas de salvação para o ano que há pouco começou, tal começa a ser a vontade com que as pessoas começam a agarrar-se ao que podem e/ou desejam… Oxalá que sim, nem que seja por upgrade do ditado…