26 fevereiro 2021

Génio(s)

Esfregou a lâmpada e o génio apareceu, fazendo uma vénia. Olhou em volta e estranhou a ausência de público, uma raridade, nos dias que correm, mas o possível. Com ar enfastiado, bocejou e fez aquelas caretas que se costuma fazer quando se está enfastiado. Mas lá se dispôs a fazer aquilo para que lhe pagavam: conceder desejos. Desta vez era fácil: submergir uma piscina com dinheiro. Não lhe interessava nem se interrogava se o dinheiro substituía a água ou se o banho era para ser assim. Pediam-lhe a submersão da piscina com dinheiro e era isso que iam ter. Só obedecia ao código dos génios. Não estavam satisfeitos, arranjassem outro. Clareou a voz, disse as palavras mágicas e o dinheiro apareceu. Com uns insufláveis e umas bóias, por via das dúvidas.



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