26 junho 2020

Nem tudo é mau...

Testava os limites até onde podia ir, mesmo que fosse para perto... Não havia volta a dar, fazendo parte do processo criativo. Como nesse dia, em que um chamamento o levou a espremer a imaginação... Não gostou por aí além, queixando-se a quem o ouvia de que teria preferido uma cerveja... Pelo seu lado, amuada, a  imaginação retirou-se da mesa, sem dizer água vai, e foi sentar-se no pelourinho, a comer tremoços. Mas não a deixavam em paz... Cansada, para não dizer despeitada, decidiu enveredar por uma carreira artística, daquelas bonitas e glamorosas, típicas de Hollywood, para mostrar como é que era... Mas perdeu o autocarro e desiludiu-se. Voltou para a mesa, de orelha murcha e monco caído. Mas o criador deu-lhe a mão, condoído que estava, e perguntou-lhe se queria que fizesse dela uma musa. E sem espremer...

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