16 outubro 2016

O talher, esse opressor

A crise forçara-a a servir. Não tivera problemas com o novo serviço, mas o horário era prejudicial à sua outra ocupação de escritora e de comentadora da actualidade, que chocava, frequentemente, com as exigências da função de servir, apesar de tudo a principal fonte de remuneração. Era um dilema, ético e/ou existencial consoante a perspectiva. Lá procurava safar-se como podia, muitas vezes à custa do estômago, procurando melhorar a situação e as circunstâncias. Como era agora o caso, em que a urgência de um cozido se impunha face à desordem do mundo.

Etiquetas: