Interstellar
O cinema é, por definição, uma arte do artifício e do tecnológico, instrumentos potenciadores de ilusório e ficção (muita ou pouca), ainda que baseada em factos ou situações reais. Por maioria de razão, no cinema estas características são exploradas, com propriedade, no género da ficção científica ou com ela aparentado, independentemente do rótulo ou da designação de que se revista, pormenor de somenos, parece-me, pois os frequentadores e gostadores de cinema facilmente identificam e entendem de que tipo de filme se está a falar. Neste género de filmes, muitos dos temas ou questões que afloram remetem para uma dimensão do conhecimento habitualmente não compreendida pelo cidadão sem formação nessa área, tornando-se surpreendente (ou talvez não) a adesão que, mesmo assim, os espectadores sentem por esses filmes. Foi esta a sensação que senti ao ver Interstellar, confuso pela complexidade sobre a qual se falava (antecipava?...) como solução procurada ou desejada, mas permanentemente fascinado pela cornucópia de efeitos especiais que se abria nos ecrãs, com ligações a outros filmes, memórias ou anseios, próximos ou distantes. Também por isso (ou se calhar por isso?...), as pessoas gostam de filmes e de cinema.
Etiquetas: Cinema
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