19 julho 2014

À mesa

Olhava-se para ele e metia pena, escanzelado que estava: era um avançado com fome de golos. Já há muito tempo que não metia nenhum e só os saboreava em sonhos. Bons os tempos em que arrotava com um ou dois, se possível bem passados e com pimenta, à matador, trocando temperos e empurrões com os defesas ou os guarda-redes...
Disseram-lhe para lavar as mãos e sentaram-no à mesa. Quando veio a travessa dos golos quis logo empanturrar-se, mas aconselharam-no a comer poucos. Pediu vinho, mas incentivaram-no a beber água, limpar a boca e a pedir desculpa pelos arrotos.



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