A gaiola dourada
Desconheço os números, mas a experiência de migrantes é, provavelmente, um dos nossos traços identitários. Imigrante ou emigrante, essa realidade cola-se-nos como uma segunda pele, por umas razões ou por outras, e serve-nos de bilhete de identificação extra. Das situações de migrantes mais comuns, porém, não me custa admitir que a do emigrante seja a mais custosa, ainda que isso às vezes possa não verificar-se, e nem é preciso buscar muitas explicações, bastando as mais simples, derivadas do confronto com novas realidades e vivências, na sua maioria diferentes, pelo menos enquanto a elas não nos habituamos, com mais ou menos fado ou bacalhau à mistura e condimentado com generosos pedaços de saudade, se a houver ou se justifique.
Filme do momento e adequado à época, a Gaiola Dourada é um filme que, também ele, nos questiona, emigrantes ou não, contribuindo ou desmistificando muitas das ideias e/ou preconceitos sobre a condição e a situação do emigrado, sobretudo se analisado fora de um contexto sócio-histórico, que o marca e é conveniente ter em mente, e aqui reside uma importante diferença com uma realidade mais próxima de nós, apesar de algumas inequívocas semelhanças com a actualidade.
Filme do momento e adequado à época, a Gaiola Dourada é um filme que, também ele, nos questiona, emigrantes ou não, contribuindo ou desmistificando muitas das ideias e/ou preconceitos sobre a condição e a situação do emigrado, sobretudo se analisado fora de um contexto sócio-histórico, que o marca e é conveniente ter em mente, e aqui reside uma importante diferença com uma realidade mais próxima de nós, apesar de algumas inequívocas semelhanças com a actualidade.
Etiquetas: Cinema
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