No café
Tinha tanto de boa como de crédula. Um dia abordaram-na e tentaram ludibriá-la. Não se deixou convencer, mas ficou preocupada. Receosa de quem a abordou, experiente em diversas manhas, sobretudo ligadas ao outro mundo, resolveu aconselhar-se com uma pessoa amiga, versada nas artes da psicologia e das coisas mais terrenas, com esta marcando encontro num café e com ela tendo o seguinte diálogo, que se reproduz por amável cedência de um praticante de jornalismo que, por mero acaso, se encontrava presente e resolveu tomar nota:
- Como vai?
- Bem, obrigado.
- Então, diga-me: o que é que se passa?
- Meteram-me coisas na cabeça.
- Coisas na cabeça!?... Como assim?
- Partiram um ovo à minha frente e disseram-me que viam coisas na gema.
- Coisas!... Que coisas?...
- O pentelho de alguém que me quer mal.
- Um pentelho!? De quem: de homem, de mulher, de velho ou de novo?
- Não me disseram.
- Não se preocupe. Faça dieta. O ovo que lhe partiram estava com salmonelas.
- Como vai?
- Bem, obrigado.
- Então, diga-me: o que é que se passa?
- Meteram-me coisas na cabeça.
- Coisas na cabeça!?... Como assim?
- Partiram um ovo à minha frente e disseram-me que viam coisas na gema.
- Coisas!... Que coisas?...
- O pentelho de alguém que me quer mal.
- Um pentelho!? De quem: de homem, de mulher, de velho ou de novo?
- Não me disseram.
- Não se preocupe. Faça dieta. O ovo que lhe partiram estava com salmonelas.
Etiquetas: Historieta
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