31 março 2012

A reunião

Ia às reuniões por dever de ofício, embora mais por dever do que por ofício. Descria da sua utilidade e, na maior parte das vezes, da sua necessidade. Lá ia, no entanto, quando tinha ou lhe diziam para ir, resignado a cumprir um dos calvários do país, pois de um calvário se trata, a «reunite» aguda!
Chegado lá, interna ou externamente, quase que adivinhava o que se seguiria, houvesse ou não houvesse agenda conhecida: um imenso desperdício de tempo, uma vacuidade de resultados, um enfado persistente, descontando os cinco, dez primeiros minutos, habitualmente usados para anotar a chegada de mais um ou mais uma, fora da hora marcada, está bem de ver, com ar de muito atarefados e preocupados...
Também já sabia como acabava: marcar a próxima para discutir e aprovar o que supostamente se deveria ter feito naquela que tinha terminado...

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