26 outubro 2008

José Cardoso Pires

José Cardoso Pires morreu há dez anos. Várias têm sido as chamadas de atenção, na imprensa, na tv e nas livrarias. Não adianta escondê-lo ou iludi-lo: as efemérides são um negócio e há que aproveitá-las. A morte de Cardoso Pires não lhe escapou e o mesmo acontecerá com outros. Ou outras.
Também me deixei absorver ou influenciar pela mediatização da morte do escritor. E em boa hora!
De rajada, li o Anjo Ancorado e o De Profundis, Valsa Lenta. Dois livros, duas histórias, duas épocas, um só e um mesmo autor. E em qualquer deles, como um extra precioso, dois belos textos introdutórios - complementares e interpenetrados no respectivo livro: um de Mário Dionísio e outro de João Lobo Antunes.
Será José Cardoso Pires um autor esquecido ou semi-esquecido? Penso que a resposta é afirmativa, infelizmente. Sendo assim, haverá razões para isso?
Se o esquecimento é motivado por razões de estilo ou de qualidade de escrita, não se compreendem: quer um quer outra são marcas inegáveis de Cardoso Pires.
Também não deve ser por falta ou desconhecimento das suas obras publicadas, pois elas existem e estão razoavelmente publicitadas, parece-me.
Se não essas, que outras, então?!... Vá-se lá saber...

Etiquetas: