Pensando bem
Há palavras, expressões e frases às quais nos apegamos, seja pelo seu significado, seja por outra razão qualquer, nunca insignificante ou indiferente. Por exemplo, a expressão «pensando bem», a que recorro com alguma frequência, é um destes exemplos. Outros são: «se não me falta a memória», «a ver vamos» e «pode ser que sim». Certamente haverá também outras, mas das quais não me lembro agora. Apetece-me escrever que essas palavras, expressões e frases poderão reflectir determinada forma de ser, estar ou sentir, quase que à semelhança de uma impressão digital.
Voltemos ao princípio e concentremo-nos no «pensando bem».
Habitualmente, a utilização de «pensando bem» costuma estar associada a um determinado contexto, do domínio da reflexão ou relacionado com a praxis, circunscrevendo-se, por conseguinte, as oportunidades ou o universo em que ela emerge e se faz presente. Poderíamos dizer, nesta perspectiva, que a utilização da expressão é selectiva, sujeita a um critério adequado e restrito, obrigando o utilizador à parcimónia na sua utilização. O que, parece-me, estará de acordo com a sua particular natureza, direi eu, «pensando bem».
Etiquetas: Filosofia
<< Home