Canudo
Já nem se lembrava dele. Viu-o na estante, em cima de uns livros. O formato, cilíndrico, e a cor, amarelo, denunciavam o seu significado - era a sua carta de curso, o popular «canudo». Sorriu, por momentos. O «canudo» estava cheio de pó e semiabandonado, como se fosse um pobre resquício de um tempo outro, que se afirmava, ad aeternum, pela prática ritualizada e pela separação entre crentes e profanos, entre iniciados e não-iniciados. De facto, tempo outro, outro tempo...
Etiquetas: Sociedade
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