08 maio 2007

Pato-bravismo

Compreende-se a decisão do Governo de «aligeirar» os procedimentos relacionados com o licenciamento. Alguns deles eram anacrónicos e dificilmente justificáveis. As consequências disso eram conhecidas e pouco abonatórias, sobretudo para a Administração Pública (AP). Com razão ou sem ela, era à AP que os ónus eram imputados.
António Barreto, na sua crónica de Domingo, no Público, caracterizava-nos como «um país de patos bravos». Não sei como será nos outros países mas, quanto ao nosso, a definição de António Barreto é uma definição lapidar. E verdadeira, infelizmente. Muitas - se não a maioria - das nossas disfunções têm aí a sua causa.
Com o «aligeirar» dos procedimentos de licenciamento, vamos ver se não há um «novo» surto de «pato-bravismo» e, à semelhança do futebol, engrossa o rol dos «engenheiros de bancada»...

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