Saltar a poça...
A depressão atmosférica mais recente fizera o seu trabalho e deixara as ruas da cidade molhadas, molhadinhas, com inúmeras poças nos passeios e circundante. Na rua, regressados da volta pelas compras, um homem e uma sua vizinha, pequenina e movendo-se de forma característica, como se balouçasse de pé para pé. Na mão, o homem e a mulher pequenina cada um com o seu guarda-chuva. Começando a gotejar, o homem abre o seu e pergunta à mulher pequenina: «Não tem medo da chuva?», obtendo como resposta: «A mim, a chuva não me mete medo!... Quer ver?», acto contínuo recuando uns passos, como se tomasse balanço, começando a correr em direcção à poça mais próxima, com algum diâmetro, note-se, e fincando o seu guarda-chuva na borda, elevando-se como se estivesse no salto à vara e passando a poça sem molhar os pés e projectando-se, qual bicho alado!...
Etiquetas: Sociedade
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