02 abril 2024

Desengane(m)-se...

Ir ao engano, mas também o receio, podem proporcionar ou espicaçar o encontro ou a descoberta de algo, por estranho que possa parecer... Podendo ser de natureza diversa, esse «algo» abarca uma dupla faceta, de atracção mas também de repulsão, como pólos de uma contradição insanável, à primeira vista, mas que pode resolver-se com o simples método da moeda ao ar, à falta de melhor ou de método ainda mais simples, se o houver... Cara ou coroa? Na dúvida, aposte no meio, que ainda por cima revela um prodígio de equilibrismo, não caindo nem para um lado, nem para outro, quantas vezes expediente enquanto se aguarda no balcão a saída do café, em chávena escaldada ou não, em modo bica ou mais cheiinho (que curiosa é esta palavrinha!...).


Comentário: se este textinho tivesse sido publicado no dia de ontem... vá que não vá, que era o Dia das Mentiras... Mas não foi! Logo, que fazemos com ele...? Olhando para a dúvida do autorzinho, se de bica ou em modo penálti, depende do que anda a comer ao almoço: se for feijoada, atire-lhe com a bica!; se for algo mais fino (Deus nos livre...!), que remédio tem senão de se contentar com uma tiragem a raiar a imperial, vulgo «fino», desculpem a repetição... Enquanto não se resolve o dilema (é capaz de demorar), para mim pode sair um piresinho de moelas...

 


Etiquetas: