13 agosto 2022

Na floreira...

A arquitectura do edifício não era muito vulgar, parecia-lhe, mas caso o fosse também não disporia de conhecimentos para decidir nesse sentido, concluiu, razão pela qual seria melhor convencer-se de que o era, sempre dava um arzinho mais composto ao início da história, pois de uma história se tratava, mas real! 

Uma das características dessa arquitectura invulgar eram as pequenas floreiras que sobressaíam das paredes, viradas para o exterior com um formato semi-circular, povoadas com flores mais ou menos desordenadas, parecia-lhe, fruto talvez de um peculiar modelo de arranjo floral e jardinal, passe o pleonasmo, mas com uma sonoridade que se adequa ao desenrolar do texto, julga-se, pelo menos... Talvez não por acaso, algumas dessas floreiras ficavam situadas nas proximidades dos acessos às casas de banho, encontrando-se aí a razão próxima para o desfecho que se irá contar...

E foi após uma ida para essas bandas que o insólito aconteceu, protagonizado por uma ave, com um insecto no bico, perscrutando a vegetação, rapidamente se dissimulando no meio das ervas, procurando apaziguar um piar de fome, abandono ou insegurança, quem o sabe...? Mas que acabou por se calar...

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