Um outro olhar
O homem olhava para o céu e não despegava. De vez em quando, utilizava a mão como se estivesse a chamar algo ou alguém. Era estranho, pois o destino do chamamento era o céu azul, onde não se vislumbrava o que fosse entendível como o destinatário ou destinatária desse gesto. Nem pássaros se viam. Era bizarro, no mínimo.
_ Bom dia. Desculpe... Passa-se alguma coisa...? Está bem...?
_ Sim, estou bem. Não se passa nada... É só uma memória que me fugiu... Não se preocupe... Quando se cansar, ela volta.
E sorriu.
Etiquetas: Apócrifos
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