10 junho 2021

Coreografia

A frase saiu-lhe da boca com a convicção dos crentes: «Matar, nem uma formiga!». E logo o demonstrando, executando uma coreografia arriscada para evitar pisar o que se percebia ser uma formiga na sua lufa-lufa em prol do formigueiro... Concluída a performance de bailarina, muito apreciada pelas companheiras e transeuntes anónimos, foi audível o berro que deu, agarrada à cintura, perra de anos, acompanhada por 'ais' e 'uis', sinalizando aquilo que um olho clínico encaixava na gaveta das distensões e afins... A formiga não se apercebera.


Etiquetas: