20 outubro 2013

Na ponta da língua

Na época de exames era sempre o mesmo: quem sabia, sabia, quem não sabia chumbava. Mas havia umas excepções, como a dela. Sempre que interrogada, pois isto acontecia habitualmente nas orais, a resposta aflorava à ponta da língua, graciosa e insinuante, acabando por pular para a piscina. Condescendente, o professor atribuía a nota técnica e comentava que o mortal tinha sido bom, mas falhara o mergulho, esborrachando-se na ignorância, o que era pena. Talvez na 2.ª época, animava-a, em que a piscina estava aquecida, a entrada já não fosse de chapão. Até lá, chumbada!.

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