08 junho 2013

Caminheiro

Embora não o revelasse, tinha as suas superstições (a que gostava de chamar rotinas). Uma delas, era a de ligar a produção de textos à caminhada. Todos os dias, excepto nos de sol e chuva, a rotina se cumpria: metros transformados em quilómetros com equivalência em textos: curtos, extensos, directos, sinuosos, pausados ou febris. Mas também se enganava, sobretudo nas rectas. Quando isso acontecia (enganar-se), atalhava o caminho e logo via o resultado. Como daquela vez em que, querendo sublimar um poema, lhe saiu uma quadra pícara...

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