A fotografia
Há várias maneiras de contar uma história e várias são, também, as formas de a perceber ou entender. Com mais ou menos arranjo, as histórias são feitas com a matéria da vida e costumam reproduzi-la ou ilustrá-la. Mas adiante, que o tempo urge e a paciência é pouca. Conte-se a história, pois...
Certo dia, num Portugal já não tão profundo, uma camponesa aproveita os primeiros sinais de verdadeiro sol de Primavera e dedica-se, com empenho, a cravar uma enxada num talhão de terra de que toma conta. Para quem pensar que se trata de uma cena de um passado distante e longínquo, quer no tempo quer na proximidade do urbano, parece um cenário de uma ruralidade antiga, mas não é.
Chegado de outra parte, um homem com uma máquina fotográfica aproxima-se, afina a objectiva e dispara a máquina, uma e outra vez, resignado ao trabalho que lhe pediram para fazer mas feliz com o enquadramento que consegue da camponesa, uma daquelas imagens, pensa o fotógrafo, que servirá, julga ele, para embelezar o trabalho e dar-lhe uma nota de colorido local. Mas estava enganado.
Teriam passado uns minutos após a sessão fotográfica, a nossa camponesa, sem largar a enxada, aproxima-se do homem, dá-lhe os bons-dias e pergunta-lhe por que razão a fotografara. Desconhece-se o que terão falado mais e só se viu o fotógrafo entregar a máquina à camponesa, na qual esta mexeu e lha devolveu, pouco depois. Como espectadora e ouvinte improvável da conversa, a enxada manteve-se firme na mão da camponesa e, diz quem viu, terá sido usada como argumento suplementar para convencer o fotógrafo, fosse lá o que fosse...
Para azar do fotógrafo, «a camponesa» não o era, apenas. Noutros tempos, conta-se, terá sido uma conhecida e bem-sucedida web designer, conhecedora, como poucas, das virtualidades e potencialidades dos programas de edição de imagem, incluindo fotografias. Nunca se soube porque terá abandonado essa vida e, aparentemente feliz, abraçou uma carreira de camponesa, responsável pelo acompanhamento de legumes e de leguminosas. Dizem que se serve da enxada como poucos... Segundo consta, parece que nunca mais houve fotografias sem autorização. Mas isso, se calhar, já é do domínio da lenda...
Certo dia, num Portugal já não tão profundo, uma camponesa aproveita os primeiros sinais de verdadeiro sol de Primavera e dedica-se, com empenho, a cravar uma enxada num talhão de terra de que toma conta. Para quem pensar que se trata de uma cena de um passado distante e longínquo, quer no tempo quer na proximidade do urbano, parece um cenário de uma ruralidade antiga, mas não é.
Chegado de outra parte, um homem com uma máquina fotográfica aproxima-se, afina a objectiva e dispara a máquina, uma e outra vez, resignado ao trabalho que lhe pediram para fazer mas feliz com o enquadramento que consegue da camponesa, uma daquelas imagens, pensa o fotógrafo, que servirá, julga ele, para embelezar o trabalho e dar-lhe uma nota de colorido local. Mas estava enganado.
Teriam passado uns minutos após a sessão fotográfica, a nossa camponesa, sem largar a enxada, aproxima-se do homem, dá-lhe os bons-dias e pergunta-lhe por que razão a fotografara. Desconhece-se o que terão falado mais e só se viu o fotógrafo entregar a máquina à camponesa, na qual esta mexeu e lha devolveu, pouco depois. Como espectadora e ouvinte improvável da conversa, a enxada manteve-se firme na mão da camponesa e, diz quem viu, terá sido usada como argumento suplementar para convencer o fotógrafo, fosse lá o que fosse...
Para azar do fotógrafo, «a camponesa» não o era, apenas. Noutros tempos, conta-se, terá sido uma conhecida e bem-sucedida web designer, conhecedora, como poucas, das virtualidades e potencialidades dos programas de edição de imagem, incluindo fotografias. Nunca se soube porque terá abandonado essa vida e, aparentemente feliz, abraçou uma carreira de camponesa, responsável pelo acompanhamento de legumes e de leguminosas. Dizem que se serve da enxada como poucos... Segundo consta, parece que nunca mais houve fotografias sem autorização. Mas isso, se calhar, já é do domínio da lenda...
Etiquetas: Historieta
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